summer of 2000

tinha a menina cê-agá 17 anos, quando foi largada em s. vicente, cabo verde (coisa chata), durante um mês, pelo pai, que como tantos outros, não sabia o que fazer com os dois filhos durante os 3 meses de férias de verão.
cabo verde é sabura (maravilha em português), com as suas mangas, a sua calma, as suas papaias em tamanho xxl, a sua moreia frita, a sua morna, a sua gente bonita e doida, o seu mar limpo e azul, o seu atum fresco em abundância, entre outras características típicas africanas que transpiram encanto.
o ambiente quente, contribui ainda mais, para as paixões e foi lá que tive a minha primeira grande paixoneta.
conheci-o numa praia, através da minha prima, e qual foi o meu espanto, quando o vejo na sala de estar nessa mesma noite, na converseta com a brasa da prima. acabei por achar natural face à sua amizade, e foi com surpresa que me apercebi do interesse aqui pela je, depois de ter sido barrada à porta de uma famosa discoteca local (abaixo dos 18 anos, não tinhas hipótese de entrar e a minha cara de 14 anos não ajudava nada), e o "cavalheiro" ter decidido ficar comigo (há males que vêm por bem).
lembro-me das típicas borboletas, lembro de não saber o que fazer ou dizer e lembro-me do entusiasmo que aquele namorico trouxe às minhas férias já tão perfeitas e lembro-me do quê que custou dizer adeus, quando chegaram ao fim.

hoje graças ao facebook, recebi uma chamada que me levou aos 17 anos outra vez. e foi tão giro.
acho um piadão, à conversinha da treta que precede ás perguntas que queremos mesmo fazer, "tas solteiro/a? trabalhas? tens filhos?".

já diziam as meninas da tv cabo: há coisas fantásticas, não há?

(parece que vou ter de ir a holanda este ano, para verificar se continua tão interessante. é lá que o menino mora hihi)