quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

uma quinta-feira em janeiro

hoje estive com uma amiga que mora em s. paulo e veio a lisboa buscar o tão esperado visto de trabalho. ao olharmos para aquele papel, achei engraçado quando ela virou e disse "e agora? já não tenho de lutar. o quê que faço?". começámos a rir e disse-lhe para limitar-se a desfrutar do novo país.

nós tugas, somos pessimistas por natureza mas irrita-me solenemente o típico ritual, cada vez que conto que vou emigrar:
- "que sorteeee!"
- "és tão corajosa, eu não tenho essa coragem"
- "ainda aproveitas o carnaval espertalhona"
- "aqui agora está muita bom, mas já tens trabalho?"
- "epah mas o brasil - apesar de nunca ter lá estado - é muito perigoso. ali se te querem roubar alguma coisa, dão-te logo um tiro"

haja paciência. sim, eu sei que as coisas são diferentes. mas é suposto mudar de ideias por isso?

curiosamente a minha amiga (a verdadeira sortuda que em 6 meses já arranjou trabalho e visto), foi assaltada ontem em lisboa e até agora não aconteceu nada por terras de vera cruz. roubaram-lhe um cd de david mathews band (ao menos tinham bom gosto musical) e por isso teve de gastar uns bons euros com um vidro novo.

enfim...brasiu mi aguardxi! :)

4 comentários:

Rachelet disse...

Ah valente! Estou justamente a pensar fazer o mesmo (ainda não escolhi o país). Any tips?

cê-agá disse...

:) qual a tua área?

Rachelet disse...

Tradutora, mas trabalho não é problema: posso trabalhar de qualquer parte de mundo desde que haja banda larga - claro que a ganhar 1000 euros por mês, «qualquer parte do mundo» fica reduzido por alguns países onde dê para viver com isso.

cê-agá disse...

de momento na europa só aconselho alemanha - mais propriamente berlim - é barato e é o único pais que se safa. lá fora...brasil! :p eu vou mantendo a par da minha aventura por lá